Brasil O banco central quer inflação no próximo ano "em torno" da meta de 3.25%, mas abaixo de 4%, disse seu chefe, Roberto Campos Neto, em 23 de junho, enquanto as autoridades elevam as taxas de juros para esfriar os preços ao consumidor na economia mais importante da América Latina.
Quando elevou sua taxa básica de juros para 13.25% há uma semana e programou outro aumento para agosto, o banco central do Brasil disse que estava procurando garantir que a inflação no próximo ano se aproximasse “da meta” em vez de “da sua meta”.
“A volta é inferior a 4%, só para deixar isso bem claro”, disse Campos Neto em entrevista coletiva online. Ele reiterou a orientação do banco central de que as taxas de juros aumentariam e permaneceriam em território significativamente contracionista por mais tempo para combater a inflação.
Os preços ao consumidor subiram a uma taxa de 11.7 pontos percentuais nos 12 meses até maio. Segundo Campos Neto, essa estratégia é essencial devido à incerteza que marca a trajetória da inflação brasileira.
Apesar das propostas do governo para reduzir os preços dos combustíveis, Campos Neto disse que os formuladores de políticas não testemunharam uma mudança apropriada no equilíbrio de riscos para a inflação, que ele argumentou que ainda não foram intitulados para o lado positivo.
Em uma nota mais otimista, o banco central elevou na quinta-feira sua perspectiva de crescimento econômico para este ano de 1.7% para 1%, por causa de um desempenho acima do esperado no primeiro trimestre.
Compre Crypto AgoraQuando questionado sobre o programa econômico do candidato à presidência do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e sua desaprovação da “orientação passiva do país em relação à política cambial nos últimos anos”, Campos Neto disse que o banco central defende uma taxa de câmbio flutuante e manterá essa postura.
Lula, ex-presidente de esquerda, está à frente do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro em pesquisas de opinião antes das eleições de 2 de outubro.